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Como as mudanças climáticas elevam o nível do mar?




O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou sobre o risco crescente da elevação do nível do mar durante sua visita a Tonga, destacando que países insulares, como os do Pacífico Sul, são particularmente vulneráveis. O nível do mar tem subido mais rapidamente desde o início do século 20 do que em qualquer outro momento nos últimos 3.000 anos, com o ritmo acelerando nas últimas décadas. Estima-se que, até 2100, o aumento do nível do mar pode atingir entre 38 e 56 centímetros, com impactos devastadores, como a perda de áreas costeiras e maior exposição de milhões de pessoas a inundações.


O principal fator para a elevação do nível do mar é o aquecimento global, causado pela emissão de gases de efeito estufa, que aquece os oceanos e provoca o derretimento das geleiras. A expansão térmica da água do mar e a perda de massa de gelo na Antártida e Groenlândia são os maiores contribuintes para esse aumento. Há também a preocupação com pontos de inflexão climática, onde aumentos de temperatura superiores a 1,5º C podem desencadear o colapso irreversível das camadas de gelo, acelerando ainda mais a elevação do nível do mar.


O aumento do nível do mar é uma ameaça global que afeta especialmente as pequenas ilhas e regiões costeiras densamente povoadas. Megacidades em regiões como Cairo, Mumbai e Los Angeles estão entre as áreas mais vulneráveis, enfrentando erosão, intrusão de água salgada e tempestades cada vez mais destrutivas. As regiões tropicais, particularmente na Ásia, e os deltas dos rios também são zonas críticas, com cidades portuárias em risco.


Para mitigar os impactos, especialistas recomendam a redução urgente das emissões de gases de efeito estufa, embora já se espere que algum nível de aumento seja inevitável. Países ao redor do mundo estão adotando medidas de adaptação, como a construção de barreiras costeiras e a regeneração de manguezais. Pequenas nações insulares estão optando por estratégias inovadoras, como a realocação de vilarejos e a construção de cidades flutuantes. No entanto, muitas dessas regiões em desenvolvimento precisam de suporte financeiro para lidar com os desafios impostos pelas mudanças climáticas.


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